UMA PARCERIA DE SUCESSO
Por: Gesselda
Maria Marcon Guzzo – RU: 1087580
Giceler Rubert – RU: 1137592
Claudia Maristela Ramos – RU: 984357
Jeferson M. de Sá – RU: 1149675
Giceler Rubert – RU: 1137592
Claudia Maristela Ramos – RU: 984357
Jeferson M. de Sá – RU: 1149675
Polo – Dois Vizinhos-PR
Data: 09/08/2017
Mascotes dos aplicativos
HandTalk e ProDeaf. Fonte: Google Imagens
A docência é um
privilégio e um prazer para aqueles que atuam na área da educação. Transmitir o
conhecimento, ensinar e auxiliar na formação do caráter de crianças e jovens é
um nobre objetivo, que, para ser alcançado, exige dedicação, estudo e
habilidade comunicativa para a transmissão do conhecimento a todos os alunos.
Mas quando surge o
desafio de ensinar um aluno que não pode ouvir, como é o caso dos alunos surdos,
o que fazer? Como se comunicar com pessoas que fazem parte de uma realidade tão
diferente da comum? Nessa via de mão dupla, este é um desafio tanto para os
ouvintes quanto para os surdos.
A professora Marilene
Borges, que é coordenadora pedagógica da escola de Ensino Fundamental – Anos
Iniciais Viver e Aprender, da rede pública de ensino, numa cidade no interior
do Paraná, recebeu em sua escola dois alunos surdos, no início do ano letivo de
2016, e se viu em grandes apuros. Por não haver um profissional disponível que
dominasse a língua brasileira de sinais (LIBRAS), a coordenadora decidiu que
ela mesma iria aprender!
Aplicando-se à pesquisa,
Marilene começou a conhecer o mundo dos surdos. No início não foi nada fácil,
mas os seus esforços foram recompensados. Vasculhando pela internet, acabou
encontrando no Facebook a professora surda-muda Adriana Soares. A partir desta
amizade, nasceu uma parceria que promoveu o sucesso da atitude inclusiva.
Para atender aos dois
alunos do 3º Ano, ambos de 10 anos, a coordenadora uniu-se à professora regente
como auxiliar na comunicação. Seguindo as dicas da professora Adriana, Marilene
utilizou dois aplicativos, o ProDeaf e o Hand Talk, que traduzem o português falado
e escrito para LIBRAS. “Durante muito tempo, os aplicativos me salvaram na
minha aventura em sala! Não foram poucas as vezes que eu me sentia inútil na
comunicação, mas os aplicativos foram realmente essenciais durante o processo.
Porém não fiquei apenas nos aplicativos. Corri atrás, assisti vídeos, estudei
em casa, conversei com Adriana e treinei no espelho! Não foi nada fácil, mas os
resultados foram muito gratificantes”, conta Marilene.
A utilização de
aplicativos é interessante, mas não é um fim em si mesma. Embora ajudem muito,
é extremamente necessária a dedicação do profissional. “Algumas vezes
aconteceram erros na tradução feita pelos aplicativos. Nestes momentos, as
minhas pesquisas, treinos e bate-papos por chamadas de vídeo no whatsapp com a
minha amiga Adriana provavam a sua utilidade”, explica a professora, quando se
referia à sua dedicação em aprender LIBRAS.
A professora Adriana é
formada em Letras e Libras pela UFPR e atualmente trabalha numa escola de
surdos bilíngue, em Curitiba. Ao ver a dedicação e o interesse da coordenadora
Marilene, mal sabia quão prósperos seriam os resultados positivos que adviriam
da amizade e dos seus diálogos por meio das redes sociais. “Sem dúvida, a ajuda
da professora Adriana foi o principal fator de sucesso. Sem ela, eu jamais
conseguiria me desenvolver tão rápido”, diz Marilene.
Como resultado da
parceria entre essas amigas e do trabalho da coordenadora, hoje, a Escola Viver
e Aprender conta com uma classe especial para alunos com deficiência auditiva,
que atende não apenas os dois alunos do terceiro ano, mas também recebe alunos
surdos de outras escolas do Município.
A Secretaria de Educação
presenteou à coordenadora Marilene com um curso de LIBRAS, totalmente pago pela
prefeitura, com o qual adquiriu a sua especialização para atuar na área de
maneira oficial. A história da coordenadora repercutiu em toda a cidade e
regiões vizinhas.
Assim, fica o exemplo de
dedicação, amor pela profissão e pelo próximo, de uma coordenadora que leva a
sua profissão a sério, e de uma parceria que deu certo no desejo de incluir
aqueles que encontram mais dificuldades.
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