Fique de olho! Aplicativo lançado para auxiliar crianças autistas em seu processo de aprendizado

Por Ana Claudia Kiljander Testa RU: 970114
Polo: Dois Vizinhos, PR.
Data: 22/08/2017

fonte: http://revistacaleidoscopio.com.br/tecnologia-inclusiva-aplicativo-alagoano-auxilia-na-alfabetizacao-de-autistas/


    O Autismo é uma condição neurobiológica que se manifesta antes dos três anos de idade e perdura durante toda a vida, afetando basicamente três áreas do individuo: a comunicativa, a social e a comportamental.
    Ainda existem muitas barreiras para o processo de aquisição de conhecimento dessas crianças, poucos materiais elaborados, formação dos professores limitada, entre outros.
    Assim como qualquer ser humano, cada pessoa com autismo é única e todas podem aprender.
    Algumas ferramentas de ensino estão sendo desenvolvidas por pesquisadores, para facilitar o aprendizado dessas crianças, e uma dessas ferramentas é um aplicativo chamado ABC AUTISMO, criado por pesquisadores do IFAL Instituto Federal de Alagoas, em 2015, baseado no TEACCH um programa criado nos Estados Unidos da América, que fornece um modelo a ser utilizado para adaptação de conteúdo ao público autista. Sendo um complemento, uma ferramenta de auxilio  para um desenvolvimento cognitivo e reforçador, onde cada atividade trás um estimulo diferente, as crianças podem encaixar figuras, formar palavras e ordenar as letras do alfabeto, cada detalhe do aplicativo foi criado com muito cuidado, para que a criança se envolva com a atividade proposta sem perder a concentração.
    Podemos ver um grande exemplo de inclusão em uma escola da rede pública municipal, na cidade de Palmeirinha, no Estado do Amapá, na Escola Municipal Criança Feliz, onde uma professora da turma do pré-1 está trabalhando na disciplina de artes, com seus alunos de quatro anos de idade, as formas geométricas e os tamanhos, e há um aluno com autismo, entre os dezesseis alunos, a professora buscou uma forma de ensinar a todos da mesma forma, e encontrou nesse aplicativo a solução, utilizando os tabletes disponibilizados pela Secretaria de Educação, ela fez o download do aplicativo, e depois de explicar para os alunos todas as formas e seus diferentes tamanhos usando materiais lúdicos que ela havia confeccionado, ela disponibilizou os tabletes para cada aluno, e apresentou-lhes o aplicativo, eles deveriam transpor as formas coloridas para sua respectiva sombra, e depois diferenciar os tamanhos das maçãs, e se quisessem continuar as atividades nas outras fases do nível dois do aplicativo poderiam.
                                      
    O resultado não poderia ser outro, os alunos ficaram maravilhados com a atividade que a professora trouxe, e todos os alunos aprenderam divertindo-se, não apenas o aluno com autismo, mas todos.
    A professora ficou animada com o resultado do seu trabalho, e isso proporcionará uma otimização e melhoria do serviço oferecido as crianças, já que existem outros níveis de dificuldade no aplicativo, para aprender não somente as formas, mas as letras e objetos, porém, ressaltou que o aplicativo poderia ter mais conteúdos, introduzindo mais módulos no jogo, com graus de dificuldades ainda maiores.

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